


Octávio Frias (jornal Folha de São Paulo), Júlio Mesquita
(jornal Estado de São Paulo), Roberto Civita (Grupo Abril), Roberto Marinho (Globo):
não é segredo para ninguém que a grande maioria dos empresários das
comunicações apoiaram o golpe – e o mesmo sucedeu com os principais órgãos de
imprensa do Brasil atual. Seus meios de imprensa contribuíram decisivamente à campanha
de subversão anti-Goulart, e depois prestaram apoio decisivo à consolidação do
golpe. Mais do que isso, também ajudaram a organizar política e materialmente o
nascimento e a expansão da ditadura. Frias chegou a fornecer ao regime os
carros de seu próprio jornal para servirem de camburão dos perseguidos
políticos. Mesquita foi um dos principais articuladores da aliança
civil-militar que deflagraria o golpe. Já Civita e Marinho encontrariam na
ditadura o apoio necessário para tornar suas organizações dois dos principais oligopólios
da mídia brasileira na atualidade. Hoje ditos defensores da “democracia” e da “liberdade”,
muitos destes órgãos de imprensa sequer dispunham de funcionários da censura em
suas redações, tamanha a confiança que a ditadura depositava neles.
Carlos Lacerda: conhecido por seu anticomunismo fanático,
era governador do Estado da Guanabara (hoje cidade do Rio de Janeiro) na época
do golpe, que ele próprio ajudou a organizar. Esperava com isso ser o novo
presidente do Brasil, mas logo percebeu que os militares não pretendiam lhe dar
o poder, o que o conduziu à oposição ao regime. Morreu em 1977, possivelmente envenenado
pelos mesmos militares que ajudou a empossar.
José de Magalhães Pinto: o então governador de Minas Gerais
foi um dos principais articuladores do golpe. Foi de seu Estado que partiram as
tropas que iniciariam a derrubada do governo Goulart. Antes mesmo do início da
ditadura, Magalhães já se responsabilizara por verdadeiros crimes contra o
povo, como o Massacre de Ipatinga (1963), onde dezenas de trabalhadores da
Usiminas foram chacinados pela PM. Em homenagem ao líder golpista, até os dias
atuais o principal estádio de futebol de Minas Gerais leva o seu nome.
Ademar de Barros: populista e personalista, o ex-interventor da ditadura Vargas em São Paulo e articulador do golpe também acabou se voltando contra os militares. Acabou cassado do governo em 1967 sob alegações de corrupção.
Ademar de Barros: populista e personalista, o ex-interventor da ditadura Vargas em São Paulo e articulador do golpe também acabou se voltando contra os militares. Acabou cassado do governo em 1967 sob alegações de corrupção.