sábado, 13 de abril de 2013

Consumismo: quanto pior melhor?


Essa semana o Governo decidiu zerar impostos sobre celulares com acesso a internet (os tais smartphones), visando aumentar o acesso do povo de baixa renda a tais produtos. É mais uma medida coerente com a estratégia do PT de buscar desenvolver o capitalismo no Brasil, pois isso não só estimula a produção e os lucros como também serve para aumentar a estabilidade e a aceitação da ordem capitalista, inserindo mais brasileiros nela através do consumismo. Os governistas, claro, sempre defenderão tais medidas dizendo que elas "melhoram a vida do povo", acusando os contrários a apostarem no "quanto pior melhor".

Mas afinal, o que é melhor para o povo? É ter mais acesso a supérfluos, e continuar sem (ou com cada vez menos) saúde, educação, saneamento, segurança, sem emprego e moradia dignos? Quanto poderia ser feito nessas áreas prioritárias com as centenas de milhões que o Governo do PT abrirá mão em favor dos "importantíssimos" smartphones? Ou quanto não poderia ser feito desse dinheiro em termos de infra-estrutura, reduzindo por exemplo as intermináveis enchentes que nos assolam, ou permitindo ao país um desenvolvimento econômico completo e diversificado? Ou os governistas acham que vai ser "bom pro povo" se o Brasil continuar um país de doentes e semi-analfabetos e seguir trilhando a "via de desenvolvimento" capitalista que nos mantém simples produtores de carros e bugigangas e exportadores de ferro e soja? Isso mostra que desenvolver o capitalismo, como defendem os reformistas do PT/PCdoB, só é bom pro capitalista e nunca pro povo: na hipócrita inversão governista dos fatos, o "melhor" pra nós é consumir mais supérfluos, se endividar cada vez mais e ter cada vez menos do essencial a uma vida humana digna.

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