quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Rapidinhas: do Senado à Colômbia

Senado: o teatro da “democracia” dos poderosos

Em mais um triste episódio que atesta o quão irremediavelmente corrompidas se encontram as instituições do capitalismo brasileiro, governo e oposição de direita chegaram a um acordo vergonhoso no caso Sarney: a oposição de direita pára de levantar os podres do presidente do Senado, aliado do presidente Lula, e o governo e seus aliados desistem de cutucar os mesmos podres de Arthur Virgílio, líder do PSDB na casa. O resultado se viu hoje: com PT e de PSDB votando juntos (pra variar) no que lhes convêm, tanto Sarney quanto Virgílio foram absolvidos nesta quinta pelo Conselho de “Ética” do Senado. Nem mesmo o esperneio de senadores petistas contrários à sujeira do “acordão” como Aloísio Mercadante (SP) e Flávio Arns (PR) impediu o conchavo que livrou a cara dos corruptos. O primeiro, pressionado por Lula e Dilma para lavar a mão de José "líder-da-quadrilha-do-Senado" Sarney, vê-se cada vez mais obrigado a renunciar à liderança do PT (Partido do Tudo-vale) na casa. E o segundo, dizendo-se envergonhado com a postura petista de defesa escancarada de tudo que há de mais decadente no Congresso, decidiu deixar o partido... E eis que no Brasil do "capitalismo subdesenvolvido", como sempre tudo converge ao mesmo ponto: quando a oposição majoritária (a de direita) é tão corrupta quanto o governo, os poderosos sempre saem ganhando com um aperto de mãos em celebração às politicagens de sua “democracia”. E quem perde, claro, mais uma vez é o povo brasileiro.


Enquanto isso, na Colômbia...

Nesta semana, o Senado da Colômbia aprovou a emenda de reeleição do presidente Álvaro Uribe, que fica assim mais próximo de poder buscar uma segunda reeleição como mandatário do seu país. Com isso fica no ar uma pergunta crucial: onde se encontram agora a grande mídia e os “vigilantes da democracia” em nosso continente, que sempre prontos a encontrar “pretensões ditatoriais” nas reeleições dos governos progressistas que emancipam a América Latina, agora fecham os olhos às autênticas pretensões ditatoriais daqueles que representam o que há de mais violento e retrógrado em nosso continente? Não sabem (ou fingem não saber) esses “arautos da democracia” que Uribe, um político comprometido com o narcotráfico e com os bandos paramilitares que espalham terror e morte pelo país, intensificou a guerra civil na Colômbia na vã tentativa de destruir a guerrilha, o que apenas sepultou ainda mais fundo a paz nesta que é uma das nações mais violentas do mundo? Onde estão esses defensores da “democracia” que não vêem que é a Colômbia, e não Venezuela, Equador ou qualquer outro, o país recordista de violações de direitos humanos no nosso continente? Onde fica a “democracia” quando se fecha os olhos ao fato de que nenhum outro país do nosso continente possui tantos refugiados e prisioneiros políticos quanto a Colômbia? A que interesses servem essa cegueira dos nossos “formadores de opinião”, que seguem ignorando o fato de que, sob o regime do “sr.” Uribe (principal aliado dos EUA na América Latina), estudantes, sindicalistas e jornalistas são freqüentemente assassinados por um Estado repressor que, convenientemente, há muito já se acostumou em tachar de “terrorista” a qualquer um que ouse pensar diferente deste? Ignoram esses “senhores” que, se há hoje uma corrida armamentista na América do Sul, quem a iniciou não foi outro líder senão esse “sr.” Uribe, que não contente em fazer da Colômbia um dos países mais militarizados do mundo, agora também está prestes a ceder seu território para a criação de mais sete bases militares norte-americanas no coração da Amazônia, em plena fronteira com o Brasil! E agora que esse mesmo Uribe busca se reeleger indefinidamente, não para progredir e libertar a América Latina, mas sim para seguir esmagando a ferro e fogo o povo de seu próprio país, tudo em benefício dos lucros do narcotráfico e das transnacionais estrangeiras, com o agravante de que na sua sede de poder ele possa acabar arrastando a América Latina a uma guerra de proporções jamais vistas, por que nem uma única palavra se ergue na grande mídia contra esse autêntico ditador? E viva a “democracia” capitalista!

domingo, 9 de agosto de 2009

Enquanto isso, no Senado...

A única solução possível para a podridão da nossa política é mais que óbvia, mesmo que incomode a muitos.
autogoverno@gmail.com


Lula, Sarney, Collor, Virgílio, Calheiros, Simon, Tasso, Mão Santa... Ou também PT, PSDB, PMDB, DEMO, PTB, PPS... Nomes e siglas que trazem arrepios! Afinal, o que nós brasileiros fizemos para merecer eles?

O Presidente Lula se agarra a José “ato-secreto” Sarney (não seria Lula o salva-vidas de Sarney??) numa tentativa tão desesperada quanto inútil de seguir controlando o senado (ou pensar que o controla) e manter essa gosma que é o PMDB coesa em favor da candidata do PT, Dilma Roussef, para as eleições do ano que vem. E como já de longa data a máxima do antigo partido dos trabalhadores (hoje convertido em Partido da Tramóia) é “os fins justificam os meios”, Lula nem sequer hesita em chamar para a defesa de Sarney nada menos que Renan “bezerro-de-ouro” Calheiros e Fernando “tô-com-aquilo-roxo” Collor de Mello... Nada mais coerente que corruptos sejam chamados para defender o corrupto-mor, chefe dessa quadrilha auto-intitulada Senado Federal. Mas o que é isso “companheiro”, justo o Collor? Justo aquele que em 1989, ajudado pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista), recorreu a uma das campanhas eleitorais mais baixas e sujas que esse País já viu pra te derrotar nas urnas...? Tudo isso se acumula ao pesadelo com que há oito anos o Brasil já se acostumou a ver quase que diariamente nos noticiários: Lula e PT, quem te viu, quem te vê...

E a oposição de direita? Como não podia deixar de ser, se desdobrando pra manter o baixo nível da casa. O líder dessa oposição, Arthur “imaculado” Virgílio (PSDB), esbraveja sem parar apontando os outros com seu dedo sujo de quem, a exemplo de Sarney, também se esbaldou nos tais atos secretos do Senado, tendo ainda por cima a cara de pau de tentar posar junto com seu partido como "o defensor da moralidade” no Congresso. Já o também tucano Tasso “seu-coronel-de-merda” Jereissati, outro “grande moralista” da direita, perdeu as estribeiras em plena sessão do Senado para, num pastelão digno dos piores filmes de comédia, sair trocando xingões com Renan “bezerro-de-ouro” Calheiros, tudo porque o governista tocou na ferida de Tasso, apontando (também com dedo sujo) aos passeios de jatinho pagos pelo tucano com dinheiro público. Até Pedro Simon, tido como o “último refúgio” da moralidade conservadora no Congresso perdeu a pose quando Collor, em outro bate-boca de criança pequena, acusou o senador gaúcho de ter apoiado para a presidência da casa o mesmo Sarney que ele agora execra tão ardorosamente... Então, eis que em meio a esse festival de horrores emerge a voz do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, que num espantoso arroubo de bom senso, pediu a renúncia imediata de todo o Senado. Ergamos as mãos aos céus! Enfim os “guardiões da democracia brasileira” ressoam a vontade do povo! Agora sim temos uma luz no fim do túnel, mesmo que essa luz seja mais teatral do que curativa, por cair na espantosa ingenuidade de crer que “novas eleições” dentro das “leis” vigentes são a cura para a chaga que fere de morte a República. PT, PMDB, PSDB, DEMO e algumas outras são as letrinhas do mesmo alfabeto que não cansam de nos assombrar. Ao respeitável “estado de direito”, ao menos somos livres para escolher entre cair na panela ou na frigideira!

Perdido em meio a tanta desolação, tendo dificuldade cada vez maior em encontrar dentre seus “representantes” algum nome que se salve desse mar de lama, o brasileiro comum se divide entre a rejeição sistemática e enfurecida a tudo que sequer lembre a palavra “política” e o auto-isolamento na sua vida particular e nas futilidades do cotidiano. Porém, ambos os caminhos levam à despolitização e não resolvem o problema. Curiosamente, uma pista de como resolver essa eterna crise de legitimidade da nossa política foi proporcionada justamente por uma das figuras mais folclóricas e rocambolescas do Congresso. Foi o Bobo da Corte do Rei Sarney, o senador piauiense “Mão Santa”, que deu com a língua nos dentes em outro de seus tresloucados discursos em defesa do coronel maranhense ao deixar escapar aquilo que muitos temem pensar. Depois de comparar a roubalheira do Senado com a corrupção generalizada da igreja católica medieval, “Mão Santa” proferiu o “consolo” do povo brasileiro: segundo ele, apesar de todos os seus “deslizes”, “felizmente” o Congresso está aí. Para ele, não fossem “senhores” como Sarney, Collor, Arthur Virgílio, Renan Calheiros e Tasso Jereissati para “salvaguardar a democracia”, o Brasil “estaria que nem Cuba ou Venezuela”. Precisamente! Não fosse a nossa sagrada “democracia” o Brasil estaria muito melhor, como não deixam mentir os indicadores sociais das “terríveis ditaduras” cubana e venezuelana! Tal “conclusão genial” vinda justamente do representante de um dos Estados mais miseráveis do Brasil junto a essa casa de imundícies cada vez mais fétidas que é o Congresso, traz muitos pensamentos inquietantes: que “democracia” é essa afinal em que vivemos? Que “ditaduras” são aquelas que governam para seu povo com muito mais afinco e eficiência do que essa nossa “democracia” tupiniquim? E afinal de contas, o que é “democracia”? Certamente não é se reunir a cada quatro anos em fúteis cerimoniais auto-intitulados “eleições” para referendar a corja que se perpetua em Brasília mandando em nós com suas politicagens sujas e arrogantes, sobre a qual nós, pessoas comuns, não possuímos qualquer controle. Essa é a necessária e mais que natural solução, que não por coincidência, incomoda a muitos: somente uma profunda transformação em nossas instituições e no nosso modo de agir, através de uma revolução democrática que varra para sempre os Lulas, Serras, Sarneys, Collors, Virgílios, Calheiros, Tassos e Mãos Santas de nossas instituições, substituindo-os por novos nomes submetidos ao estrito controle participativo dos cidadãos que os elegeram, pode libertar o Brasil do grande mar de lama que o assola. Autogestão da política! Este é o caminho para enfim instaurarmos no Brasil uma democracia que seja realmente digna desse nome.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Porque a única saída para a crise ambiental é o socialismo.

Há muito que o mundo discute a importância vital de reduzir as emissões de gases do efeito estufa para impedir a devastadora crise ambiental que o aquecimento global ameaça nos infligir nas próximas décadas. Desde a eleição de Obama à presidência dos EUA, com a conseqüente queda da irracional extrema-direita que governava a última potência mundial insensível à ameaça do colapso ambiental, hoje não há mais no mundo quem discorde da urgência em se reduzir a queima de combustíveis fósseis (como carvão e derivados de petróleo) causadores do aquecimento global. Então porque sucessivos encontros de cúpula dos principais líderes mundiais, como o encontro do G8 ocorrido essa semana na Itália, têm fracassado sucessivamente em apresentar medidas práticas contra essa crise ambiental que se avizinha, mesmo sendo esta de longe a maior ameaça já enfrentada pela Humanidade?

Em primeiro lugar porque, independente do sistema econômico-social existente, seja ele capitalismo, socialismo ou qualquer outro, o fato é que hoje a economia mundial ainda é extremamente dependente das velhas e poluidoras fontes de energia; e embora atualmente já exista tecnologia para substituí-las por outras fontes limpas e renováveis, tal adaptação terá um custo financeiro muito alto. Assim, é natural que nenhuma nação queira pagar o pato pela crise. Só que vivemos em um mundo extremamente desigual, e portanto também é natural que cada país precise dar sua parte no combate à crise ambiental de acordo com suas capacidades. Aí é que as regras da ordem capitalista mundial começam a se chocar com a necessidade urgente de se agir: pois há muito que os países ricos vêm cobrando das nações ditas “em desenvolvimento” (em especial a Índia e a China, hoje os maiores poluidores do mundo) que “também eles” reduzam drasticamente suas emissões de gases do efeito estufa, ignorando no entanto que somente os ricos é que têm o dinheiro e a tecnologia para fazer isso. É fato que sem a adesão dos países “em desenvolvimento”, qualquer esforço de redução do aquecimento global será em vão. Mas esses países simplesmente não dispõem dos meios para tanto, meios estes que, na forma de capital e patentes de tecnologias, seguem como propriedade particular das transnacionais dos países ricos. Cria-se assim um impasse, para o qual simplesmente não há solução dentro dos marcos do sistema mundial de produção-para-o-lucro: existem os meios para se deter o aquecimento global, mas estes não são plenamente utilizados.

Em resposta a esse dilema, recentemente o governo do Brasil fez uma proposta revolucionária. Como é menos difícil fazer revolução com quem não financia a sua campanha eleitoral, a representação brasileira junto ao Painel Intergovernamental de Mudança Climática da ONU não temeu em clamar pelo óbvio: que aos países “em desenvolvimento” seja permitido quebrar patentes de tecnologias capazes de conter o aquecimento global, e que um fundo mundial seja criado para financiar o acesso a esses equipamentos. Não há de fato outra alternativa senão essa: tornar de domínio público os meios capazes de evitar a crise ambiental, meios esses que hoje são propriedade particular de um punhado de empresas. Só que aí não está mais se falando em capitalismo, mas sim em socialismo. Nesse sentido, não é de se estranhar a reação imediata dos governos dos países ricos (esses sim financiados pelas transnacionais) que se opuseram de imediato pela inclusão desse assunto no próximo encontro sobre o acordo climático a ser realizado em dezembro na Dinamarca, inclusive acusando os autores da proposta de “oportunistas”.

Neste exemplo fundamental, vê-se claramente como a própria essência do capitalismo impede qualquer solução dentro deste sistema para os problemas ambientais que nos ameaçam cada vez mais. Tentativas de se deter o aquecimento global nos marcos do sistema, tais como o comércio dos chamados “créditos de carbono”, fracassaram completamente em oferecer uma resposta efetiva à crise. É preciso pois que a Humanidade se desfaça enquanto ainda há tempo dessa perigosa ilusão, a de que o aquecimento global e a crise ambiental como um todo possam ser enfrentados sem exigir uma mudança profunda e radical em nossa civilização moderna, em nosso modo de vida e na forma de sociedade em que nos organizamos. Impedir o total colapso ambiental do planeta em que vivemos, sem dúvida o desafio mais colossal já enfrentado pelo gênero humano, é uma tarefa imensa demais para poder ser levada a cabo apenas mudando-se uma ou outra coisa no sistema. A transformação precisa ser completa. A superação definitiva da crise ambiental exige um novo mundo, completamente diferente do que existe atualmente, um mundo socialista.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Rapidinhas

Honduras: até quando eles conseguem segurar o osso?

Em mais um duro golpe contra a ditadura oligárquica que se instalou em Honduras há duas semanas, o governo dos EUA declarou que se recusa a receber em Washington qualquer missão diplomática dos golpistas hondurenhos, frustrando as expectativas destes. Ao contrário, o presidente deposto Manuel Zelaya foi recebido ontem pela Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, o que somado à recente exclusão hondurenha da OEA, evidencia a pressão que o total isolamento internacional impõe às elites golpistas de Honduras. Para piorar ainda mais a situação destes, o chanceler dos golpistas, Enrique Colindres, ainda chamou o Presidente Obama de “negrinho”, numa declaração racista que indignou os EUA e demonstrou o quão brutal e animalesca é a camarilha que roubou o poder do país para si e seus comparsas oligarcas. Enquanto o “estado de exceção” segue em vigor no país centro-americano, o presidente Zelaya declarou que tentará novamente regressar ao país, “dessa vez sem revelar quando nem como”.

“Queres o poder para quê?”

Com a defesa desavergonhada que Lula e sua candidata Dilma Roussef vem movendo a favor do senador-coronel José “roubo-em-ato-secreto” Sarney, sempre em nome da maldita “governabilidade”, algumas perguntas ficam no ar: primeiro, para quê afinal o PT tanto quer “esse poder”? Se é para usá-lo exatamente que nem os tucanos, mais fácil seria entregá-lo de uma vez a Serra e voltar a ser “oposição destrutiva”. Segundo, diante de tudo isso, o que leva alguns sindicalistas, intelectuais “de esquerda” e certos setores da “pequena mídia” a insistirem em apoiar um governo como esse? Seriam as verbas publicitárias federais ou o maquiavelismo petista é mesmo contagioso?

Alguém ainda quer "reformar" o capitalismo?

Primeiro a ONU divulga que a ajuda financeira dada aos bancos no ano passado foi quase dez vezes maior do que a ajuda a países pobres em meio século (US$ 18 trilhões só em 2008 de cofres públicos a bancos privados; US$ 2 trilhões doados ao terceiro mundo nos últimos 49 anos); agora a ONU também informa que a crise econômica atual deverá aumentar em até 90 milhões o número de desnutridos no mundo. Também segundo a ONU, de acordo com esses indicadores um único ano de crise pode ter sido suficiente para retroceder em 20 anos os níveis de pobreza dos países “em desenvolvimento”. Tudo graças à anarquia do "livre mercado" e à especulata desenfreada de banqueiros e “investidores” irresponsáveis, justamente os que mais vêm ganhando com a crise. Parafraseando Rosa Luxemburgo, ou acabamos de uma vez com o capitalismo ou ele acaba conosco!

Gol de placa contra o futebol-para-o-lucro

Em evento na Nigéria, Pelé pediu à FIFA (entidade máxima do futebol mundial) que estabeleça um teto salarial para os jogadores de futebol, alertando que as enormes quantias de dinheiro envolvidas atualmente no esporte podem prejudicar a imagem deste. Há um mês o clube espanhol Real Madrid anunciou a contratação do meia-atacante português Cristiano Ronaldo por nada menos que 180 milhões de dólares, a mais cara contratação da história do futebol. Pode alguém em sã consciência acreditar que um ser humano vale tudo isso?

Estado-pária

Chefe de Comissão da ONU “lamenta” falta de cooperação de Israel nas investigações sobre violações de direitos humanos durante a recente ofensiva sionista na faixa de Gaza. Entre outras coisas, o governo do Estado campeão mundial de violações das leis internacionais proibiu a entrada dos inspetores da ONU tanto em sua área quanto nos territórios palestinos.