sábado, 31 de março de 2012

Sobre comunistas e seus aniversários

No dia 25 de março completaram-se 90 anos da fundação do PCB. Há uma outra organização política que, mesmo tendo rompido de forma virulenta com o partido que agora completa seu nonagésimo aniversário, reinvidica para si esta data. Porém, a questão que realmente importa não é qual partido que está ou não fazendo 90 anos. Há muito mais a se discutir do que apenas nomes ou datas.

Nada de festa: 64 foi golpe!


Neste fim de semana completam-se 48 anos do golpe militar de 64. Diferentemente de outros anos, os militares já não falam sozinhos. E os ânimos estão exaltados. Militares reformados vieram a público deslegitimar o atual ministro da Defesa, Celso Amorim, e marcaram “festas” e atos para comemorar o golpe. Em declarações à imprensa, escancaram a verdadeira motivação: a insatisfação com a criação da Comissão da Verdade, que ainda não tem seus membros definidos e nem data para início de funcionamento.

terça-feira, 6 de março de 2012

Serra e PSDB: um filme de terror

Em entrevista para a TV essa semana, o tucano e eterno candidato derrotado José Serra demonstrou uma ignorância do tamanho do Brasil ao chamar nosso país, com todas as letras, de "República dos Estados Unidos do Brasil". Marca de uma antiga submissão ideológica assumida e escancarada ao Império estadunidense, este já não é mais o nome oficial do nosso país desde 1967. Perdido no tempo, Serra fica surpreso ao ser corrigido pelo entrevistador, o seu amigo do peito Boris Casoy (pelo menos o nome do país o Boris sabe!)...


O pior é que essa não é a primeira gafe tucana que tristemente vem a demonstrar que, mesmo quando fala de Brasil, a turma do PSDB parece estar com a cabeça em outro país bem mais ao norte, talvez o mesmo que, desde as privatarias de FHC, eles sonham ver anexar o Brasil...

sábado, 3 de março de 2012

A "dama de ferro" e a lei férrea do desemprego

Provavelmente nada reflete melhor o inconciliável antagonismo que há entre os interesses do capitalismo e os do povo trabalhador do que a lei férrea que rege, nos marcos deste sistema, a questão do emprego (e por tabela, dos salários) dos trabalhadores. Não são muitos os que percebem (ou suportam perceber) que, apesar do repúdio "oficial" da mídia privada, dos governos burgueses etc. ao problema do desemprego, na prática um alto nível de desemprego é necessário, na verdade vital, para a saúde imediata do capital. Basta notar que, no capitalismo, a força de trabalho é uma mercadoria como qualquer outra, estando submetida às mesmas leis férreas de oferta e procura. Quanto menor o desemprego (ou seja, maior o equilíbrio entre oferta e procura de trabalho), maior o poder de barganha do trabalhador em relação ao patrão, os salários tenderão a ser maiores, mais pessoas terão uma fonte de renda garantida, maior será o bem-estar geral e... por seus maiores custos com a mão de obra, menores serão os lucros e a saúde do capital! Na situação oposta, maior desemprego, significando procura de emprego muito maior do que oferta, leva a um rebaixamento dos salários, pagos a cada vez menos trabalhadores; pior será a vida da população em geral e... maiores serão os lucros e o bem-estar do capital! Aí está toda a perversidade deste sistema e seu antagonismo principal: o que é bom para o capital é ruim para o trabalho, e vice versa!