Quem ainda não viu as propagandas na televisão associando o governo Lula a algumas das piores figuras da nossa política? A propaganda lembra ao eleitor, muito corretamente aliás, quem foi a "base de sustentação" (ou seriam os "amigos") do governo de Lula e Dilma. Figuras ligadas a casos escandalosos de corrupção, como os senadores Renan Calheiros (o homem dos "bezerros de ouro"), José Sarney (o "grande padrinho" do Senado) e, o pior de todos, o "amigão" lulista Fernando Collor de Mello, o mesmo que se aliou à Globo para derrotar Lula na sujeira das eleições de 1989, e que depois se tornaria o primeiro e único presidente do Brasil a ser destituído por envolvimento com corrupção.
Foram muitos os escândalos de corrupção dos "amigos de peito" do PT no Congresso ao longo desses oito anos, dentro e fora do partido (ou já esquecemos do "mensalão"?), e o esmero com que Lula e Dilma protegeram da Justiça os seus corruptos aliados só pode ser comparado à falta de escrúpulos com que o PT rasgou suas bandeiras históricas ao se aliar com estes seus velhos oponentes, inimigos ferrenhos de tudo que Lula e seu partido defenderam antes de chegar ao governo.
Bem fez a oposição de direita demo-tucana em vir às rádios e televisões para relembrar ao povo as amizades escusas do PT. Mas há de se lembrar que essas propagandas têm rareado, senão desaparecido, nas últimas semanas. O que se passa?
O que se passa é que aliados da candidatura de Serra têm eles mesmos se incomodado com esse arroubo moralista da direita, simplesmente porque ela atinge a própria base de sustentação demo-tucana. Chega a ser hilário quando um dos grandes aliados de Serra no Rio de Janeiro, o ex-deputado e Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (isso mesmo, aquele do mensalão!!) critica publicamente a Serra por este revirar os podres de Collor, que hoje é senador e candidato do PTB ao governo de Alagoas. O próprio Jefferson, não esqueçamos, vinha se beneficiando do esquema de corrupção dos Correios antes de denunciar o mensalão. Com uma longa ficha de podridões e serviços prestados a políticos corruptos (como o próprio Collor, que ele defendeu em 1992), Jefferson já foi aliado do governo Lula no Congresso e hoje passou para o lado da "moralidade" demo-tucanalha. O que fica mais quixotesco, a oposição de direita atacando as podres amizades do governo, ou essa mesma parcela da oposição tendo que se calar a seguir por conta de seus vexaminosos rabos presos?
Como diz o ditado popular, é o sujo falando do mal lavado.
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