Nos bairros, nos comitês partidários e nos locais de trabalho de todas as cidades por toda a Ilha, o povo já vem há meses discutindo as propostas para o Congresso do Partido Comunista de Cuba, que deverá sinalizar a maior onda de transformações na economia socialista desde a Revolução de 1959. Uma lição de participação popular a todos que dividem o mundo de maneira simplista entre "ditaduras" e "democracias".
por Ernesto Almaguer
Fonte: La Isla Desconocida
Tradução: Robson Luiz Ceron
Em algum canto da capital cubana, houve muito barulho naquela noite. Vários vizinhos trouxeram suas próprias cadeiras, uma mesa; o presidente do comitê colocou em cima de uma varanda nossa gloriosa bandeira cubana.
Alguém perguntou:
- A bandeira na reunião?
- Claro, Chico, se este é o Congresso do bairro! - outro respondeu.
Não era um comício romano; o povo não estava dividido em centúrias ou em tribos; não havia prerrogativas para alguns e limites para outros; todos puderam expressar suas opiniões acerca do Projeto de Diretrizes do Partido e da Revolução.
Para além das formalidades que poderiam ser estabelecidas em um debate tão importante - dirigido a projetar o futuro econômico de uma nação - o clima era agradável, sem rigidez. Alguns até sorriam com certas opiniões pitorescas que caracterizam os cubanos. Afinal, a discussão era entre vizinhos ou o que é o mesmo, em casa.
Uma companheira, com uma trajetória revolucionária comprovada, sugeriu o fortalecimento do trabalho no campo, chamou todos à reflexão, a necessidade de trabalhar, de produzir mais, relembrou suas origens camponesas e implorou por um esforço para melhorar a agricultura e, assim, recuperar os bananais bien machos!(1)
Todos deram a sua contribuição, todos sabiam a importância de expressar seus pontos de vista. Ali estava o trabalhador, a dona de casa, os jovens, os trabalhadores por conta própria, o médico, o cientista, o soldado, em suma, o povo.
Alguém que nunca participará das assembléias de bairro pediu a palavra: falou que a Revolução precisa receber suas propostas e surpreendeu a todos com uma interessante análise sobre como poupar matrizes energéticas.
Enquanto isso, os inimigos da Revolução, agora, sonham em transformar Cuba "em um Egito". Convocam o povo a tomar às ruas e "pacificamente" protestar por uma verdadeira democracia, do tipo que padeceu este país quando apêndice dos Estados Unidos. A arrogância os faz esquecerem que este povo é dono das ruas desde 1959.
Certamente, a cada dia fica mais difícil a concorrência nestas "atividades" {mercenárias - NT} (que não são exatamente por conta própria). A necessidade de liderança para ver quem fica com o maior pedaço do bolo os faz perder toda a perspectiva da realidade e que mesmo todo o ouro do mundo, não vai comprar a dignidade dos cubanos.
Embora a mídia internacional não reconheça que Cuba está realizando um processo de debate popular - único no mundo! - nós continuaremos a lutar para construir um futuro melhor para nossos filhos, um Socialismo cada vez mais forte e com este espírito, comemoraremos os 50 anos da primeira derrota do imperialismo ianque na América Latina e o VI Congresso do Partido, que já caminha nos locais de trabalho e nas comunidades cubanas.
Fonte: La Isla Desconocida
Tradução: Robson Luiz Ceron
Em algum canto da capital cubana, houve muito barulho naquela noite. Vários vizinhos trouxeram suas próprias cadeiras, uma mesa; o presidente do comitê colocou em cima de uma varanda nossa gloriosa bandeira cubana.
Alguém perguntou:
- A bandeira na reunião?
- Claro, Chico, se este é o Congresso do bairro! - outro respondeu.
Não era um comício romano; o povo não estava dividido em centúrias ou em tribos; não havia prerrogativas para alguns e limites para outros; todos puderam expressar suas opiniões acerca do Projeto de Diretrizes do Partido e da Revolução.
Para além das formalidades que poderiam ser estabelecidas em um debate tão importante - dirigido a projetar o futuro econômico de uma nação - o clima era agradável, sem rigidez. Alguns até sorriam com certas opiniões pitorescas que caracterizam os cubanos. Afinal, a discussão era entre vizinhos ou o que é o mesmo, em casa.
Uma companheira, com uma trajetória revolucionária comprovada, sugeriu o fortalecimento do trabalho no campo, chamou todos à reflexão, a necessidade de trabalhar, de produzir mais, relembrou suas origens camponesas e implorou por um esforço para melhorar a agricultura e, assim, recuperar os bananais bien machos!(1)
Todos deram a sua contribuição, todos sabiam a importância de expressar seus pontos de vista. Ali estava o trabalhador, a dona de casa, os jovens, os trabalhadores por conta própria, o médico, o cientista, o soldado, em suma, o povo.
Alguém que nunca participará das assembléias de bairro pediu a palavra: falou que a Revolução precisa receber suas propostas e surpreendeu a todos com uma interessante análise sobre como poupar matrizes energéticas.
Enquanto isso, os inimigos da Revolução, agora, sonham em transformar Cuba "em um Egito". Convocam o povo a tomar às ruas e "pacificamente" protestar por uma verdadeira democracia, do tipo que padeceu este país quando apêndice dos Estados Unidos. A arrogância os faz esquecerem que este povo é dono das ruas desde 1959.
Certamente, a cada dia fica mais difícil a concorrência nestas "atividades" {mercenárias - NT} (que não são exatamente por conta própria). A necessidade de liderança para ver quem fica com o maior pedaço do bolo os faz perder toda a perspectiva da realidade e que mesmo todo o ouro do mundo, não vai comprar a dignidade dos cubanos.
Embora a mídia internacional não reconheça que Cuba está realizando um processo de debate popular - único no mundo! - nós continuaremos a lutar para construir um futuro melhor para nossos filhos, um Socialismo cada vez mais forte e com este espírito, comemoraremos os 50 anos da primeira derrota do imperialismo ianque na América Latina e o VI Congresso do Partido, que já caminha nos locais de trabalho e nas comunidades cubanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário