No dia 22 de abril, mais de 120 mil colombianos se reuniram em Bogotá para o ato de fundação do
movimento político Marcha Patriótica, nova organização de massas contra o regime fascista, contra a recolonização do país pelo capital estrangeiro, pela libertação dos presos
políticos e pela paz através da solução política negociada à guerra civil. A resposta do regime
foi quase imediata: até agora um assassinado e dois desaparecidos entre os integrantes do
movimento; no ar o temor de que se repita o extermínio promovido pelo regime contra os
militantes do partido de esquerda Unión Patriótica, ocorrido nos anos 80.
Em Praga, capital da República Tcheca, 150 mil manifestantes se reuniram em protesto contra as
medidas do governo de direita que pretende jogar sobre os ombros do povo os custos da crise.
Organizada pela central sindical ČMKOS, a primeira grande manifestação popular da história do
país desde a contra-revolução de 1989 reflete uma crescente radicalização que pode levar à
queda do corrupto e impopular governo e à antecipação das eleições onde, de acordo com as
pesquisas, o Partido Comunista da Boêmia e Morávia pode alcançar votação recorde e tornar-se a
segunda maior representação parlamentar no país mais anticomunista de toda a Europa!
Na Malásia, grande manifestação clamando por reformas eleitorais termina com o saldo de 500
opositores presos pelo regime. Também no Bahrein, manifestações anti-sistema voltadas contra o
GP de Fórmula 1 foram duramente reprimidas, terminando com um saldo indefinido de presos e até
mortos.
Na Síria, acabou (na prática) o cessar-fogo. Mas afinal, por que o governo de Bashar Al-Assad
deveria cruzar os braços enquanto gangues de opositores armados (armados por quem?!) seguem
incitando a violência em todo o país? Por que a "comunidade internacional" só cobra o fim da
violência por parte do governo, aceitando a violência da oposição radical e sua instransigência
cega em aceitar qualquer negociação? Talvez porque a própria postura anti-Síria do centro do
capitalismo mundial incita tal intransigência (e a violência que se segue), no afã de se livrar
do único governo na região depois do Irã que ainda oferece alguma resistência ao imperialismo
israelense-estadunidense.
Em Cuba, milhões vãos às ruas no Primeiro de Maio em Havana e nas principais cidades do país em
apoio à pátria, ao socialismo, à solidariedade internacionalista entre os povos e às reformas no sistema promovidas pelo presidente Raúl Castro.
Oposição em Cuba? Cadê?
No Egito, na Grécia e em vários outros países seguem os movimentos de oposição contra o regime político e contra a ordem do capital, enquanto governos impopulares continuam enrolando ao invés de ouvir a voz de seus povos - até quando conseguirão?
O mundo segue em movimento; a História está apenas começando.
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