A Marinha israelense interceptou nesta terça-feira o barco Irene, tripulado pelo grupo Judeus por Justiça para os Palestinos, que pretendia chegar à Faixa de Gaza em um protesto contra o bloqueio à população palestina do território.
O barco, que zarpou de Chipre no domingo, deveria chegar nesta terça-feira às águas territoriais da Faixa de Gaza, mas foi conduzido pelas forças israelenses até o porto de Ashdod, ao norte do território palestino.
(...) Os dez viajantes e tripulantes foram presos e levados para serem interrogados pelas autoridades israelenses. Todos são judeus – cinco deles têm cidadania israelense e os outros cinco são europeus e americanos (...) Parentes dos detidos se manifestaram no porto de Ashdod exigindo a libertação imediata dos viajantes do Irene.
De acordo com a advogada dos ativistas, Smadar Ben Natan, todos deverão ser libertados após o interrogatório.
Sobrevivente do Holocausto
Segundo os passageiros, um dos objetivos da ação era demonstrar que "não são todos os judeus do mundo que apoiam a política do governo de Israel em relação aos palestinos" (...) A embarcação, de bandeira britânica, levava uma carga de próteses ortopédicas, redes de pesca, instrumentos musicais e brinquedos para a população de Gaza.
Um dos ativistas era o sobrevivente do Holocausto Reuven Moskovitz, de 82 anos.
"Como sobrevivente do Holocausto, o protesto contra a opressão em Gaza é uma missão sagrada para mim", disse ele.
Outro viajante é Rami Elhanan, cidadão israelense que perdeu sua filha, Smadar, em um atentado suicida cometido pelo Hamas em 1997, em Jerusalém.
"Queremos protestar contra o bloqueio desumano a 1,5 milhão de pessoas na Faixa de Gaza", disse Elhanan.
O barco Irene surpreendeu as autoridades israelenses, que, de acordo com a imprensa local, não estavam cientes dos planos do grupo.
* Fonte: BBC do Brasil (íntegra do texto na página do autor).
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