A cara de pau dos gorilas que roubaram o Estado para si em Honduras parece não ter limites. Em decisão hilária, o Ministério Público do regime hondurenho decidiu abrir processo contra os militares que depuseram o presidente legítimo do país, Manuel Zelaya, em um golpe de Estado orquestrado em junho do ano passado. Por ter arrastado Zelaya à força, ainda de pijama, para fora do país, a cúpula das Forças Armadas hondurenhas seria processada por "abuso de autoridade". Pode até ser que o processo vingue, pois é nas suas minúcias que a piada adquire razão de ser. A ira do regime de Micheletti para com os realizadores do golpe tem algum fundamento, haja visto que o próprio líder do governo golpista tem insistido em afirmar que foi um "erro" mandar Zelaya para fora do país. De fato, seria muito melhor aos usurpadores do Estado hondurenho se desde o início Zelaya tivesse sido encarcerado em algum porão militar em Honduras, para ser a seguir "suicidado" e calado para sempre. Em vez disso, Zelaya se viu livre para do exterior organizar a resistência ao golpe e retornar ao país de forma triunfal, mantendo-se até hoje refugiado na embaixada brasileira, de onde serviu como símbolo e inspiração vitais para o fracasso da farsa eleitoral golpista de novembro passado.
No meio disso tudo, o que arranca risadas mesmo é a "cobertura" da grande mídia com relação ao golpe, que continua a insistir que a tentativa de Zelaya de realizar um plebiscito, estopim para a sua deposição, era "para Zelaya poder se reeleger". Ignoram cinicamente que o plebiscito era para convocar uma Assembléia Constituinte, e que portanto nem sequer havia como falar em "reeleição", já que a Assembléia que decidiria sobre isso sequer chegou a ser convocada.
Confira aqui as verdadeiras razões que levaram ao golpe em Honduras.
No meio disso tudo, o que arranca risadas mesmo é a "cobertura" da grande mídia com relação ao golpe, que continua a insistir que a tentativa de Zelaya de realizar um plebiscito, estopim para a sua deposição, era "para Zelaya poder se reeleger". Ignoram cinicamente que o plebiscito era para convocar uma Assembléia Constituinte, e que portanto nem sequer havia como falar em "reeleição", já que a Assembléia que decidiria sobre isso sequer chegou a ser convocada.
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