No momento em que o governo Lula busca impor em Brasília a sua polêmica “lei dos direitos humanos”, a grande mídia corporativa encontra no que o projeto de lei tem de mais progressista (a defesa dos direitos do povo trabalhador do campo), uma oportunidade para lançar nova carga de ataques contra os movimentos sociais do campo - em especial o MST. Não é de hoje que o povo do campo é acusado pelos setores mais tacanhos e raivosos da direita brasileira de atos como “banditismo” ou “invasão de propriedade”, mas em épocas como essa, de recrudescimento da perseguição aos movimentos sociais do campo, é sempre bom relembrar os verdadeiros fatos que nunca aparecem nos jornalões e são sempre censurados nas telinhas.
Quem é o bandido de verdade? E quem é a vítima de verdade? Seria a “vítima”, conforme afirma o “consenso” da grande mídia, o latifundiário do agronegócio? Justo aquele que obteve suas imensas extensões de terras através do roubo, da “grilagem” (falsificação da escritura de posse), da intimidação e da violência, até mesmo expulsando a bala os antigos camponeses que nelas moravam, conforme acontece ainda hoje, todos os dias, no interior do Brasil? Seriam “vítimas” esses “senhores” que, quando não mantém seus latifúndios totalmente improdutivos apenas para lucrar especulando, usam-nos pra plantar soja pra exportação em culturas totalmente mecanizadas (ao invés de dar emprego e plantar comida pro povo), expandindo suas terras às custas da destruição indiscriminada da Amazônia, do cerrado do Centro-Oeste, etc... Seriam esses “senhores” vítimas?
E porque seria “bandido” o MST, justo aquele que denuncia e combate essa verdadeira bandidagem da nossa elite latifundiária ao ocupar essas “propriedades” ilegais? Terras obtidas por meios criminosos ou que não cumprem a função social de produzir (o chamado “latifúndio improdutivo”) são o alvo único das ocupações do movimento, que assim na verdade, quando ocupa uma terra, está tão-somente fazendo valer a lei!
Mais do que cumprir a lei, a luta pela terra garante a sobrevivência dos milhões de trabalhadores deserdados da terra, que expulsos do campo pela violência do coronelismo ou pelas injustas “leis do mercado”, encontram no movimento dos sem-terra uma forma de escapar da violência e miséria da cidade grande, conquistando pela posse da terra um emprego e um futuro digno para suas famílias. E por tabela, ainda contribuem para diminuir o inchaço das grandes metrópoles, geram renda e melhora dos preços dos alimentos em torno das regiões onde se assentam, e proporcionam uma via de desenvolvimento popular, através das cooperativas de agroindústria do movimento, que agregam valor ao produto agrícola e levam o desenvolvimento para o interior, tudo de forma inclusiva, sem gerar miséria e concentração de renda que nem o agronegócio. É a chamada Reforma Agrária, processo básico para o desenvolvimento de qualquer nação e que foi seguido por todos os países do chamado “Primeiro Mundo” – mas que no entanto, em pleno século XXI, ainda não foi feito no Brasil.
Só mesmo o ranço retrógrado da direita é capaz de tachar isso tudo de “bandidagem”. Inversão dos fatos é mesmo a regra na grande mídia quando o assunto são as lutas no campo. Não é de se surpreender. Há em jogo um poderoso interesse de classe, a classe dos latifundiários, que é dona da maior bancada de interesses do Congresso Nacional, ocupa postos-chave do Ministério da Agricultura, a presidência do Conselho Nacional de Agricultura, e acumula um grande poder econômico no Brasil, país com a segunda maior concentração fundiária do planeta (só perde para o Paraguai) e em que, segundo o IBGE, 1% dos proprietários rurais ocupam metade das terras cultiváveis! A defesa dos interesses e “verdades” dessa classe ganha assim inevitavelmente na grande mídia privada um apelo proporcional ao peso econômico desta.
De fato, quando o assunto é a defesa dos privilégios dos poderosos, a grande mídia privada sai com tudo. Justo nesse momento em que primeiro o Confecom, depois a “lei de diretos humanos” proposta pelo governo, trazem à tona a discussão pelo direito à informação correta e imparcial, o papel social da propriedade midiática e os danos do monopólio da grande mídia, esta resolve intensificar os ataques contra os movimentos sociais do campo, censurando e invertendo os fatos de forma sistemática, simplesmente porque os próprios fatos são contra o latifúndio. Foi assim no caso da “destruição” dos pés de laranja da Cutrale, em que se ignorou completamente na grande imprensa o fato de que as terras da propriedade eram ilegais, há décadas roubadas do patrimônio público pela grilagem. E a inversão dos fatos chega a atingir proporções até mesmo cômicas, quando uma revista notoriamente mentirosa e defensora de tudo que há de mais atrasado no Brasil, vem acusar o MST de “fazer fortuna” com a destruição da Amazônia, quando todos sabem que é o agronegócio que tem lucrado horrores com a derrubada da Floresta Amazônica para expansão de suas plantações de soja!
No fundo, com respeito ao conflito agrário, o que realmente é insuportável aos poderosos é ver o povo lutando por seus direitos, por seu merecido quinhão dos ideais de “liberdade” e “democracia” tão vendidos por aquela mesma minoria para quem “liberdade” e “democracia” consistem tão-somente na “sua” liberdade e na “sua” democracia. É o povo se organizando pelo que é seu, entre si e para si, criando assim a semente de um poder de classe dos trabalhadores, isso é o que realmente incomoda não só os latifundiários, mas também todos os segmentos das classes capitalistas do Brasil.
Quem é o bandido de verdade? E quem é a vítima de verdade? Seria a “vítima”, conforme afirma o “consenso” da grande mídia, o latifundiário do agronegócio? Justo aquele que obteve suas imensas extensões de terras através do roubo, da “grilagem” (falsificação da escritura de posse), da intimidação e da violência, até mesmo expulsando a bala os antigos camponeses que nelas moravam, conforme acontece ainda hoje, todos os dias, no interior do Brasil? Seriam “vítimas” esses “senhores” que, quando não mantém seus latifúndios totalmente improdutivos apenas para lucrar especulando, usam-nos pra plantar soja pra exportação em culturas totalmente mecanizadas (ao invés de dar emprego e plantar comida pro povo), expandindo suas terras às custas da destruição indiscriminada da Amazônia, do cerrado do Centro-Oeste, etc... Seriam esses “senhores” vítimas?
E porque seria “bandido” o MST, justo aquele que denuncia e combate essa verdadeira bandidagem da nossa elite latifundiária ao ocupar essas “propriedades” ilegais? Terras obtidas por meios criminosos ou que não cumprem a função social de produzir (o chamado “latifúndio improdutivo”) são o alvo único das ocupações do movimento, que assim na verdade, quando ocupa uma terra, está tão-somente fazendo valer a lei!
Mais do que cumprir a lei, a luta pela terra garante a sobrevivência dos milhões de trabalhadores deserdados da terra, que expulsos do campo pela violência do coronelismo ou pelas injustas “leis do mercado”, encontram no movimento dos sem-terra uma forma de escapar da violência e miséria da cidade grande, conquistando pela posse da terra um emprego e um futuro digno para suas famílias. E por tabela, ainda contribuem para diminuir o inchaço das grandes metrópoles, geram renda e melhora dos preços dos alimentos em torno das regiões onde se assentam, e proporcionam uma via de desenvolvimento popular, através das cooperativas de agroindústria do movimento, que agregam valor ao produto agrícola e levam o desenvolvimento para o interior, tudo de forma inclusiva, sem gerar miséria e concentração de renda que nem o agronegócio. É a chamada Reforma Agrária, processo básico para o desenvolvimento de qualquer nação e que foi seguido por todos os países do chamado “Primeiro Mundo” – mas que no entanto, em pleno século XXI, ainda não foi feito no Brasil.
Só mesmo o ranço retrógrado da direita é capaz de tachar isso tudo de “bandidagem”. Inversão dos fatos é mesmo a regra na grande mídia quando o assunto são as lutas no campo. Não é de se surpreender. Há em jogo um poderoso interesse de classe, a classe dos latifundiários, que é dona da maior bancada de interesses do Congresso Nacional, ocupa postos-chave do Ministério da Agricultura, a presidência do Conselho Nacional de Agricultura, e acumula um grande poder econômico no Brasil, país com a segunda maior concentração fundiária do planeta (só perde para o Paraguai) e em que, segundo o IBGE, 1% dos proprietários rurais ocupam metade das terras cultiváveis! A defesa dos interesses e “verdades” dessa classe ganha assim inevitavelmente na grande mídia privada um apelo proporcional ao peso econômico desta.
De fato, quando o assunto é a defesa dos privilégios dos poderosos, a grande mídia privada sai com tudo. Justo nesse momento em que primeiro o Confecom, depois a “lei de diretos humanos” proposta pelo governo, trazem à tona a discussão pelo direito à informação correta e imparcial, o papel social da propriedade midiática e os danos do monopólio da grande mídia, esta resolve intensificar os ataques contra os movimentos sociais do campo, censurando e invertendo os fatos de forma sistemática, simplesmente porque os próprios fatos são contra o latifúndio. Foi assim no caso da “destruição” dos pés de laranja da Cutrale, em que se ignorou completamente na grande imprensa o fato de que as terras da propriedade eram ilegais, há décadas roubadas do patrimônio público pela grilagem. E a inversão dos fatos chega a atingir proporções até mesmo cômicas, quando uma revista notoriamente mentirosa e defensora de tudo que há de mais atrasado no Brasil, vem acusar o MST de “fazer fortuna” com a destruição da Amazônia, quando todos sabem que é o agronegócio que tem lucrado horrores com a derrubada da Floresta Amazônica para expansão de suas plantações de soja!
No fundo, com respeito ao conflito agrário, o que realmente é insuportável aos poderosos é ver o povo lutando por seus direitos, por seu merecido quinhão dos ideais de “liberdade” e “democracia” tão vendidos por aquela mesma minoria para quem “liberdade” e “democracia” consistem tão-somente na “sua” liberdade e na “sua” democracia. É o povo se organizando pelo que é seu, entre si e para si, criando assim a semente de um poder de classe dos trabalhadores, isso é o que realmente incomoda não só os latifundiários, mas também todos os segmentos das classes capitalistas do Brasil.
Um comentário:
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